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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Liturgia do dia 24 de Agosto de 2011


Quarta-Feira da 21ª STC - Ano A - Dia 24/08/2011 - Cor: Vermelho
São Bartolomeu, apostolo

Primeira Leitura: A muralha da cidade tinha doze alicerses, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro
Leitura do Apocalipse de São João 21,9b-14: 9b Um anjo falou comigo e disse: "Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro". 10 Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11 brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12 Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13 Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14 A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nome dos doze apóstolos do cordeiro.   Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: A esposa do Cordeiro
João apresenta agora a nova humanidade como cidade perfeita e deslumbrante. Esta imagem mostra a beleza e santidade da Aliança com Deus. A humanidade é a esposa, o reverso da prostituta. João a apresenta com traços da antiga Babilônia histórica: quadrada, atravessada por uma avenida ao longo do rio, e com jardins. Sugere, assim, que a Jerusalém celeste é a Babilônia, prostituta purificada e transformada pelo Evangelho. Agora, ela reflete a glória de Deus, que nela está presente. As formas e medidas são perfeitas: muralhas com 154 cômodos (doze vezes doze), doze portas com os nomes das doze tribos, doze alicerces com os nomes dos doze apóstolos. Ela é quadrada e cúbica, como o Santo dos santos no Templo. Sua perfeição é inimaginável (doze mil). Ela é uma cidade universal, aberta para toda a humanidade (portas voltadas para os quatro pontos cardeais). A introdução à visão da esposa recorda deliberadamente a introdução à visão da prostituta da Babilônia. As duas cidades são antítipos uma da outra. Grande parte das metáforas da cidade também derivam de Ezequiel: a cidade no monte, de Ez 40,2; a cidade cheia da Glória de Deus, de Ez 43,2-4. A descrição das muralhas recorre primordialmente a Ez 40,5; 48,31-35, embora outras descrições proféticas das muralhas de Jerusalém também possam estar por trás dessa passagem. Guardas angelicais aparecem em Is 62,6.10. As portas de Ezequiel representam as 12 tribos (Ez 48,31-34). Para o Apocalipse, os Doze são os apóstolos. O uso de metáforas de Ezequiel mudou da descrição da mulher como noiva para as características arquitetônicas que definem a cidade.

Salmo Responsorial - Sl 144(145),10-11.12-13ab.17-18 (R. cf. 12a)
R. Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!
10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! 11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!  (R)
12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. 13a O vosso reino é um reino para sempre, 13b vosso poder, de geração em geração. (R)
17 É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. 18 Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente. (R)

Comentário: Deus merece o louvor
Hino de louvor ao Nome e ao amor de Deus, testemunhos da história
O louvor ao Nome, revelado no momento da grande libertação, recorda que o Deus vivo é o libertador. O louvor é um reconhecimento das obras que Deus realiza na história. Transmitido de geração em geração, esse louvor mantém a fé que constrói a história segundo o projeto de Deus. O centro desse projeto é o amor de Deus criando liberdade e vida. O Reino de Deus é o amor partilhado entre todos os homens, para eliminar as divisões e desigualdades. O amor de Deus, porém, age de forma partidária, assumindo a causa dos oprimidos que o invocam e colocando-se contra os opressores. Termina com o convite para que todos reconheçam a santidade do Deus libertador.

Aclamação ao Evangelho Jo 1,49b
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Mestre, tu és o Filho de Deus, és Rei de Israel!      (R)

Evangelho: Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,45-51: 45 Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: "Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José". 46 Natanael disse: "De Nazaré pode sair coisa boa?" Filipe respondeu: "Vem ver!" 47 Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: "Ai vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade". 48 Natanael perguntou: "De onde me conheces?" Jesus respondeu: "Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi". 49 Natanael respondeu: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel". 50 Jesus disse: 'Tu crês porque te disse: 'Eu te vi debaixo da figueira?' Coisas maiores que esta verás!" 51 E Jesus continuou: "Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem".  Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: O Messias identificado
“O que vocês estão procurando?” São estas as primeiras palavras de Jesus neste evangelho. Essa pergunta, ele a faz a todos os homens. Nós queremos saber quem é Jesus, e ele nos pergunta sobre o que buscamos na vida. Os homens que encontraram Jesus começaram a conviver com ele. E no decorrer do tempo vão descobrindo que ele é o Mestre, o Messias, o Filho de Deus. O mesmo acontece conosco: enquanto caminhamos com Cristo, vamos progredindo no conhecimento a respeito dele. João Batista era apenas testemunha de Jesus, a quem tudo se deve dirigir. João sabia disso; por isso convida seus próprios discípulos para que se dirijam a Jesus. E os dois primeiros vão buscar outros. E desse mesmo modo que nós encontramos a Jesus: porque outra pessoa nos falou dele ou nos comprometeu numa tarefa apostólica. Jesus sempre reconhece aqueles que o Pai coloca em seu caminho. Ele reconhece Natanael debaixo da figueira e também a Simão, escolhido para ser a primeira pedra da Igreja. Vereis o céu aberto: No sonho de Jacó, os anjos subiam e desciam por uma escada que ligava a terra e o céu (Gn 28,10-22). Doravante é Jesus, o Filho do Homem, a nova ligação entre Deus e os homens. Aos poucos, os primeiros discípulos foram identificando Jesus, ao se darem conta de quem se tratava. Filipe exprimiu sua fé messiânica ao defini-lo como Jesus de Nazaré, filho de José, "aquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas". Reconhecia-o como o personagem central de toda a história da salvação, para o qual apontava cada página das Escrituras. O judeu fiel que aceitava como verdadeiras as Escrituras forçosamente deveria acolher o Messias. Seria injustificável a rejeição dele por parte de quem pretendia ser fiel às tradições mosaicas. Por isso, a incredulidade das lideranças religiosas da época foi fortemente denunciada por Jesus. Natanael, após o diálogo enigmático com o Mestre, fez sua profissão de fé messiânica, identificando-o como "Filho de Deus e Rei de Israel". Evidencia-se, assim, um dos traços mais característicos da identidade de Jesus: sua condição de Filho. De fato, ele se proclamava enviado do Pai, com a tarefa de salvar a humanidade. Revelava ao povo o que havia aprendido junto do Pai. Buscava, em tudo, fazer a vontade divina e levar a cumprimento seu projeto de salvação. Tinha consciência de estar a caminho da casa do Pai, onde prepararia um lugar para todos os que, pela fé, haveriam de acolhê-lo. Assim, os primeiros discípulos foram aprofundando a descoberta da identidade de Jesus: Messias, centro e o objetivo da história da salvação, e Filho de Deus. O nome de Bartolomeu, cuja festa celebra-se hoje, só aparece na lista dos doze apóstolos nos evangelhos sinóticos. A tradição o identifica com Natanael, que é mencionado no evangelho de João apenas nesta passagem de hoje e no fim do evangelho, na pesca milagrosa com Jesus ressuscitado. O evangelista João identifica Natanael como sendo de Caná, da Galiléia. Assim como André, irradiante de alegria, sente necessidade de comunicar a Pedro seu encontro com Jesus, também Filipe informa a Natanael esta mesma experiência. A comunicação irradiante é característica da ação missionária. Natanael, conforme a tradição de Israel, aguardava um messias rei de Israel. Jesus descarta este título, apresentando-se como o simples "filho do homem", não sobre as nuvens, mas com os pés no chão.

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