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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Liturgia do dia 31 de Agosto de 2011


Quarta-Feira da 22ª STC - Ano A - Dia 31/08/2011 - Cor: Verde

Primeira Leitura: A palavra de verdade chegou até vós, como no mundo inteiro
Início da Carta de São Paulo aos Colossenses 1,1-8: 1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus e o irmão Timóteo, 2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossas: graça e paz da parte de Deus nosso Pai. 3 Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, 4 pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, 5 animados pela esperança na posse do céu. Disso já ouvistes falar no evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. 6 E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e conhecestes verdadeiramente. 7 Assim aprendestes de Epafras, nosso estimado companheiro, que é junto de vós um autêntico mensageiro de Cristo. 8 Foi ele quem nos deu notícia sobre o amor que o Espírito suscitou em vós.  Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: A palavra de verdade chegou até vós
O clima da vida cristã deve ser o de uma família, onde todos são irmãos junto com Cristo, tendo Deus como Pai. A trilogia fé-amor-esperança define a vida cristã na sua base, na sua concretização prática e no seu dinamismo histórico. A vida cristã nasce do compromisso de fé em Jesus Cristo, que significa aceitar a vida e a ação de Jesus e continuá-las entre os homens. O amor é a realização prática desse testemunho, através da partilha dos bens e da fraternidade, que concretizam o Reino de Deus no dia-a-dia da história. A esperança é o dinamismo que nasce do amor, alimentando a vida cristã, voltada para o futuro do Reino de Deus, isto é, para a realização plena da vida. Uma comunidade cristã vive a vida de todos os dias com disponibilidade interior de confiança e esperança para o amor de Cristo, encara a vida e o mundo com amor reconciliado. Às vezes nos perguntamos como reconhecer hoje e como viver sinais de ressurreição, anunciadores de um mundo novo. Tais sinais não são a grande luz, o grande milagre ou o grande gesto, mas sim o reino que nasce cada dia, como a sementinha que cai e morre, e frutifica. Quem quer que observe com olhar transparente uma comunidade que vive de fé, esperança e caridade, descobre nela aquilo que transforma e anuncia a presença ativa do Cristo ressuscitado.

Salmo Responsorial - Sl 51(52),10.11      (R. 10b)
R. Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!
10 Eu, porém, como oliveira verdejante na casa do Senhor, confio na clemência do meu Deus agora e para sempre!    (R)
11 Louvarei a vossa graça eternamente, porque vós assim agistes; espero em vosso nome, porque é bom, perante os vossos santos!  (R)

Comentário: Julgamento do injusto
Oração em estilo profético, contra os injustos que dominam o povo com palavras falsas (cf. Salmo 12)
Descrição viva do injusto: ele é inimigo mortal do justo, contra quem o tempo todo maquina armadilhas. A arma favorita é a difamação, que produz fraude e mentira. A derrota do injusto é motivo de triunfo e alegria para os justos antes oprimidos. Causa dessa derrota é a auto-suficiência, que acumula poder e riqueza para a própria destruição. Em contraste com o injusto, que é arrancado do seu solo, o justo se desenvolve como árvore. Bondade de Deus, em primeiro lugar, é a justiça que liberta o oprimido.

Aclamação ao Evangelho Lc 4,18
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho.    (R)

Evangelho: Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 4,38-44: Naquele tempo, 38 Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39 Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40 Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41 De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: "Tu és o Filho de Deus". Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o messias. 42 Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo que os deixasse. 43 Mas Jesus disse: "Eu devo anunciar a boa nova do reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado". 44 E pregava nas sinagogas da Judéia.  Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: Missionário incansável
Para os antigos, a febre era de origem demoníaca. Libertos do demônio, os homens podem levantar-se e pôr-se a serviço. Os demônios reconhecem quem é Jesus, porque sentem que a ação dele ameaça o domínio que eles têm sobre o homem. A Boa Notícia do Reino é o amor de Deus que provoca a transformação radical das estruturas que escravizam os homens. Para anunciá-la, Jesus vai ao encontro daqueles que ainda não a conhecem. Por onde passava, Jesus deixava as pegadas do Reino acontecendo na história humana. As inúmeras curas e a vitória sobre o poder demoníaco eram as demonstrações mais evidentes da novidade acontecendo na vida das pessoas. A expulsão dos demônios consistia em fazer com que Deus, novamente, fosse o único Senhor delas. Portanto, a ação de Jesus visava sempre restabelecer o senhorio de Deus. E isso deixava feliz a quem se beneficiava de sua presença libertadora! Os benefícios recebidos através dos gestos misericordiosos de Jesus impelia o povo a querer retê-lo junto de si e a não deixá-lo seguir adiante. O Mestre opôs-se à esta tentativa de limitar seu campo de missão. Ele manifestava sua consciência de ter sido enviado para evangelizar não apenas um grupo restrito de pessoas. Sua missão de proclamar a Boa Nova do Reino deveria alargar-se mais e mais, de modo a estender o senhorio de Deus a todo ser humano. Por outro lado, o afluxo de pessoas e a quantidade de gente a ser curada não constituíam argumento para que Jesus se detivesse num só lugar. Ele ia ao encontro dos necessitados, lá onde se encontravam. Seu peregrinar incansável não conhecia limites. A sinagoga é abandonada por Jesus, que transforma a "casa" no lugar de articulação das novas comunidades. Na "casa" a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino. A cena narrada se passa em um sábado, dia do culto na sinagoga. Neste dia todo trabalho cessava, e só era permitido caminhar-se uma curta distância. Ao pôr-do-sol termina o dia do sábado, começando o primeiro dia da semana. O povo, liberado das restrições legais, acorre a Jesus, que os curava. Nas culturas antigas, muitas doenças físicas e mentais eram atribuídas a um ser imaginário, o demônio. Jesus, na sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, do poder opressor.

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