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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Liturgia do dia 06 de Julho de 2011


Quarta-Feira da 14ª STC - Ano A - Dia 06/07/2011 - Cor: Verde
Santa Maria Goretti, virgem e mártir

Primeira Leitura: Sofremos justamente estas coisas, porque pecamos contra o nosso irmão
Leitura do Livro do Gênesis 41,55-57; 42,5-7a.17-24ª: Naqueles dias, 55 todo o Egito começou a sentir fome, e o povo clamou ao faraó, pedindo alimento. E ele respondeu-lhe: "Dirigi-vos a José e fazei o que ele vos disser". 56 Quando a fome se estendeu a todo o país, José abriu os celeiros e vendeu trigo aos egípcios, porque a fome também os oprimia. 57 De todas as nações vinham ao Egito comprar alimento, pois a fome era dura em toda a terra. 42,5 Os filhos de Israel entraram na terra do Egito com outros que também iam comprar trigo, pois havia fome em Canaã. 6 José era governador na terra do Egito e, conforme a sua vontade, se vendia trigo à população. Chegando os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra. 7a Ao ver seus irmãos, José os reconheceu. 17 E mandou metê-los na prisão durante três dias. 18 E, no terceiro dia, disse-lhes: "Fazei o que já vos disse e vivereis, pois eu temo a Deus. 19 Se sois sinceros, fique um dos irmãos preso aqui no cárcere, e vós outros ide levar para vossas casas o trigo que comprastes. 20 Mas trazei-me o vosso irmão mais novo, para que eu possa provar a verdade de vossas palavras e não morrerdes". Eles fizeram como José lhes tinha dito. 21 E diziam uns aos outros: "Sofremos justamente estas coisas, porque pecamos contra o nosso irmão: vimos a sua angústia, quando nos pedia compaixão, e não o atendemos. É por isso que nos veio esta tribulação". 22 Rúben disse-lhes: "Não vos adverti dizendo: 'Não pequeis contra o menino?' E vós não me escutastes. E agora nos pedem conta do seu sangue". 23 Ora, eles não sabiam que José os entendia, pois lhes falava por meio de intérprete. 24a Então, José afastou-se deles e chorou.  Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: Sofremos justamente estas coisas porque pecamos contra o nosso irmão
Por sua previdência e tino administrativo, José se torna vice-rei do Egito e, graças a ele, é contida a situação de fome do povo. Seus filhos Manassés e Efraim formarão duas tribos em Israel, que juntas formam a “Casa de José”. Os sonhos de José se concretizaram: seus irmãos se prostram diante dele (cf. 37,5-11). José os trata com severidade para verificar o arrependimento deles, e os submete a uma série de provas. O que ele quer saber é se os irmãos se modificaram, e se são capazes de agir com verdadeira fraternidade. Simeão foi escolhido por ser o segundo filho, pois José fica sabendo que Rúben, o mais velho, não era culpado. Como José, Benjamim era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó: será que os irmãos odeiam Benjamim como odiavam a José? José, vendido por seus irmãos, torna-se seu salvador. É espontânea a comparação com Jesus: também este foi vendido pelos seus e pelos mesmos motivos: inveja, ciúme. Semelhante também é a atitude: José, ao ouvir as palavras cheias de remorso dos irmãos, “afastou-se deles para chorar”; Jesus, enquanto o crucificavam, orou: “Pai, perdoa!” Se a inveja e o ciúme tivessem voz, quantos cristãos seriam desmascarados! Intervenções disciplinares, afastamentos, remoções de cargos... Quantas coisas, feitas “para um bem maior” - diz-se, mostrariam a marca desse verme terrível! Muitos ainda hoje são vendidos pelos próprios irmãos. Por todo esse mal, por essas injustiças mais ou menos patentes, todo cristão dirige ao Pai a mesma prece de Jesus: “Pai, perdoa!” Mas o cristão guardar-se-á mesmo de pequenas traições para com os homens, irmãos de Cristo.

Salmo Responsorial - Sl 32(33),2-3.10-11.18-19    (R. 22)
R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! 3 Cantai ao Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação!  (R)
10 O Senhor desfaz os planos das nações e os projetos que os povos se propõem. 11 Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar.  (R)
18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, 19 para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. (R)

Comentário: O projeto de Deus se realizará
Hino de louvor ao Deus que cria o universo e intervém na história, conduzindo o seu povo para a vida
O motivo fundamental do louvor é a palavra e ação de Deus, que realizam a verdade, a justiça e o amor. A palavra de Deus é eficaz, criando e organizando o universo. O exército de Deus são as estrelas no céu. O projeto de Deus é liberdade e vida para todos. Projeto que se realizará, derrotando os projetos de escravidão e morte, feitos pelas nações. É tolice querer enganar ou manipular Deus.Ele discerne profundamente cada um e sabe através de quem vai realizar seu projeto. A realização do projeto de Deus não depende do poderio militar, mas da presença do próprio Deus, que age dentro da luta pela liberdade e vida. Quando o povo coloca sua esperança em Deus. Esse lhe responde com todo o seu amor.

Aclamação ao Evangelho Mc 1,15
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Convertei-vos e crede no Evangelho, pois, o Reino de Deus está chegando!    (R)

Evangelho: Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo Segundo Mateus 10,1-7: Naquele tempo, 1 Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. 2 Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. 5 Jesus enviou estes doze, com as seguintes recomendações: "Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6 Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7 Em vosso caminho, anunciai: 'O reino dos céus está próximo'".    Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: Reações contraditórias
Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: desalienar os homens (expulsar demônios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e ação de Jesus. A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino. O número doze, relativo aos primeiros apóstolos, não é casual. Ele se reveste de uma rica simbologia, cara ao mundo judaico, por evocar as antigas doze tribos de Israel, e chamar a atenção para o novo Israel que estava para nascer. Os doze apóstolos seriam o germe do Israel escatológico, sem qualquer limite de raça, povo, língua, cultura ou nação. Deixando de lado a Lei mosaica, doravante este novo povo pautaria sua vida pelos valores do Reino dos Céus, explicitados no Sermão da Montanha. O novo Israel nasceu sob o signo do serviço à vida. Ao ser chamado, foi-lhe dada como tarefa: expulsar os espíritos impuros e curar toda sorte de doença e enfermidade. Por conseguinte, deveria eliminar tudo quanto põe em risco a vida, ou a debilita, de forma que a humanidade seja reabilitada. Essa nova humanidade era constituída por pessoas com os caracteres mais diversos. Quanta diferença entre Pedro e Judas Iscariotes, entre Filipe e Tomé! Mesmo assim foram convocados para formar uma comunidade solidária e fraterna, em torno do Mestre, pronta a entregar-se ao serviço da evangelização da humanidade. Jesus sabia muito bem o que queria, quando constituiu seu grupo de auxiliares diretos. De maneira sucinta, Mateus narra o envio dos doze discípulos, que, em seguida, ele menciona como "doze apóstolos". A lista dos "doze" provavelmente traria o nome daqueles que assumiram a liderança da comunidade de Jerusalém. Os "doze" formariam o novo Israel, em substituição aos doze filhos de Jacó com as doze tribos de Israel. Contudo, a experiência do tribalismo desapareceu com a monarquia, em particular com a monarquia de Davi e seus descendentes em Judá e Jerusalém. Com o desaparecimento de Israel, ao norte, Judá, e o judaísmo posterior, assumiu o nome de Israel. Aos "doze" é dado o poder de libertar os oprimidos pelos espíritos impuros e pelas doenças características das precárias condições do povo excluído e humilhado. O envio restrito às ovelhas perdidas de Israel, excluindo os pagãos, é típico de Mateus. Ele prioriza o envio a Israel para contemplar sua comunidade constituída por cristãos oriundos do judaísmo.

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