Pesquisar

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

5º. DTC - Ano B - Dia 05/02/2012 - Cor: Verde


Primeira Leitura: Encho-me de sofrimentos até ao anoitecer
Leitura do Livro de Jó 7,1-4.6-7: Jó disse: 1 “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário? 2 Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, 3 assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. 4 Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer. 6 Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. 7 Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade! Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário:
A condição do doente é tão dolorosa que o tempo parece arrastar-se lentamente. Por trás da impaciência esconde-se o anseio pela cura ou, se esta é impossível, pela libertação do sofrimento através da morte. A dor não só provoca a sensação de que o tempo se arrasta, mas também faz descobrir que a vida é extremamente curta e frágil.

Salmo Responsorial - Sl 146(147),1-2.3-4.5-6 (R. cf. 3a)
R. Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1 Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave: ele é digno de louvor, ele o merece! 2 O Senhor reconstruiu Jerusalém, e os dispersos de Israel juntou de novo. (R)
3 ele conforta os corações despedaçados, ele enfaixa suas feridas e as cura; 4 fixa o número de todas as estrelas e chama a cada uma por seu nome. (R)
5 É grande e onipotente o nosso Deus, seu saber não tem medida nem limites. 6 O Senhor Deus é o amparo dos humildes, mas dobra até o chão os que são ímpios. (R)

Comentário: É bom louvar a Deus
Hino de louvor ao Deus que liberta e restara a vida do seu povo
Este salmo nos mostra o povo louvando a Deus, cujos motivos fundamentais são: a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém. Deus é o Senhor do universo, conduzindo o ritmo da natureza. É também o Senhor da história, onde realiza o julgamento para libertar os pobres. Sua exigência é que o povo o reconheça como único Deus e confie no seu amor e fidelidade.

Segunda Leitura: Ai de mim, se eu não pregar o Evangelho
Leitura da Primeira Carta de São João aos Coríntios 9,16-19.22-23: Irmãos: 16 Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17 Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18 Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. 19 Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 22 Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23 Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: Ai de mim, se eu não pregar o Evangelho
Paulo não reivindica nenhum direito. Não considera seu ministério como profissão, da qual poderia tirar proveito e prestigio, mas como missão, na qual o Senhor o empenhou pessoalmente. Paulo vive a liberdade radical, que o leva a tornar-se disponível e solidário para com todos. Todos nós temos o dever de evangelizar, seja levando a Palavra de Deus, a Boa Nova, aos nossos irmãos, seja com nossa própria maneira de viver, servindo de exemplo e testemunho para os nossos irmãos. Deus nos dá 24 horas diária de vida, por que não retribuir parte desse tempo, meditando e levando a Tua Palavra aos nossos irmãos, com amor e fidelidade, e, nos colocando a serviço dos mais necessitados e excluídos da sociedade.

Aclamação ao Evangelho Mt 8,17
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (R.)

Evangelho: Curou muitas pessoas de diversas doenças
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,29-39: Naquele tempo, 29 Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30 A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31 E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32 À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33 A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34 Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35 De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36 Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37 Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38 Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39 E andava por toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: E pôs-se a servi-los
Para os antigos, a febre era de origem demoníaca. Libertos do demônio, os homens podem levantar-se e pôr-se a serviço. Os demônios reconhecem quem é Jesus, porque sentem que a ação dele ameaça o domínio que eles têm sobre o homem. O deserto é o ponto de partida para a missão. Aí Jesus encontra o Pai, que o envia para salvar os homens. Mas encontra também a tentação. Pedro sugere que Jesus aproveite a popularidade conseguida num dia. É o primeiro diálogo com os discípulos, e já se nota tensão. O gesto da sogra de Pedro, após ter sido curada, chama a atenção para um aspecto, às vezes negligenciado por quem foi objeto da misericórdia de Jesus. Como retribuir o benefício recebido, de forma a manifestar gratidão? Colocando-se a serviço do próximo. Não existe maneira melhor de mostrar-se grato ao Senhor. Seria pura ingratidão se alguém, que foi libertado ou curado de algum mal, levasse uma vida egoísta, pensando só em si mesmo. Os gestos de Jesus traziam a marca do amor, de alguém que estava voltado para as necessidades e carências do próximo. Por isso, estava sempre pronto a servir quem quer que fosse. As multidões procuravam-no, trazendo seus doentes e gente possuída pelo demônio. A ninguém ele despedia, sem antes libertá-los de seus males. Esta disposição de Jesus é uma lição de vida. A sogra de Pedro parece tê-la aprendido. Assim que se viu livre da febre, a qual poderia vir a ser fatal, pôs-se a servir Jesus e os discípulos que o acompanhavam. Servi-los, significou vir ao encontro de suas necessidades de missionários, cansados por causa das suas peregrinações por cidades e aldeias. Significou matar-lhes a fome, providenciar-lhes repouso, fazê-los recuperar as forças para continuar a missão. Esta foi a maneira concreta que ela encontrou para retribuir a graça recebida. Com a afirmação "logo que saíram da sinagoga, foram... para a casa de Simão...", o evangelista Marcos indica que Jesus descarta a sinagoga e afirma seu ministério no espaço da "casa". É a casa o lugar onde se reúne a nova comunidade e que se torna o centro de irradiação da missão. Na "casa", a mulher, libertada de sua exclusão, exerce a prática essencial das novas comunidades, que é o serviço. E é à porta da casa que se reúne a cidade inteira. Jesus não se deixa reter por uma comunidade particular. Seu ministério missionário é dirigido amplamente a toda a Galiléia e aos territórios vizinhos. As curas e exorcismos de Jesus são a expressão de sua identificação e solidariedade com os excluídos, empobrecidos e carentes de saúde e de condições dignas de vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário