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domingo, 23 de outubro de 2011

Liturgia do dia 26 de Outubro de 2011


Quarta-Feira da 30ª STC - Ano A – Dia: 26/10/2011 - Cor: Verde

Primeira Leitura: Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 8,26-30: Irmãos, 26 também o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. 27 E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. 28 Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29 Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30 E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou. Palavra do Senhor! - Graças à Deus!

Comentário: O Projeto de Deus
O projeto eterno de Deus é predestinar, chamar, tornar justo e glorificar a cada um e a todos os homens, fazendo com que todos se tornem imagem do seu Filho e se reúnam como a grande família de Deus. O projeto não exclui ninguém. Mas o homem é livre: pode aceitar ou recusar tal projeto, pode escolher a vida ou a morte, salvar-se ou condenar-se.

Salmo Responsorial - Sl 12(13),4-5.6 (R. 6a)
R. Senhor, eu confiei na vossa graça!
4 Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me! Não deixeis que se me apague a luz dos olhos e se fechem, pela morte, adormecidos! 5 Que o inimigo não me diga: "Eu triunfei!" Nem exulte o opressor por minha queda.   (R)
6 Uma vez que confiei no vosso amor! Meu coração, por vosso auxilio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!  (R)

Comentário: Até quando, Deus?
Súplica de uma pessoa perseguida ou em perigo de morte
Este salmo nos mostra que, se Deus não salvar o justo, o próprio nome de Deus ficará comprometido diante desse fracasso. E o injusto se alegrará, cantando vitória. No v. 6 temos uma declaração de confiança mostrando que a pessoa já foi atendida ou acredita que brevemente o será.

Aclamação ao Evangelho Cf. 2Ts  2,14
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.    (R)

Evangelho: Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 13,22-30: Naquele tempo, 22 Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23 Alguém lhe perguntou: "Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?" Jesus respondeu: 24 "Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25 Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: 'Senhor, abre-nos a porta!' Ele responderá: 'Não sei de onde sois' 26 Então começareis a dizer: 'Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' 27 Ele, porém, responderá: 'Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!' 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, lsaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29 Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30 E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos". Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: A falsa segurança
Jesus não responde diretamente à pergunta. A salvação é universal, está aberta para todos, e não só para aqueles que conhecem a Jesus. A condição é entrar pela porta estreita, isto é, escolher o caminho de vida que cria a nova história. Jesus recusa-se a entrar na discussão casuística sobre quem se salvará, por considerá-la inútil. Importante para ele era empenhar-se, com sinceridade, por viver uma vida agradável a Deus, e assim, ser acolhido por ele, no final da caminhada terrena. As palavras do Mestre são uma denúncia contra aqueles que se iludem pensando ter garantido uma vaga no céu, quando, de fato, estão vagando longe da salvação. "Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas praças" dizem os que se iludem pensando que, no Reino de Deus, tem valor evocar determinadas procedências étnicas, práticas religiosas ou formação cultural como privilégios para se ingressar nele. É a falsa segurança dos judeus, mormente, dos fariseus. Mas pode ser também a falsa segurança da comunidade cristã. Sem a prática da justiça e da caridade, sem um amor entranhado ao semelhante, de nada valerá evocar, diante de Deus, a condição de cristão para se ingressar no Reino. Se nele existem privilegiados, estes são os pobres, os marginalizados, os oprimidos, os desclassificados. Ou seja, os que estão reduzidos a uma condição tão deplorável, a ponto de não conseguirem voltar-se para Deus, a fim de exigir dele a salvação. Portanto, o seu entender, a salvação esteja fora de seus horizontes. Para que preocupar-se com ela? Quem se considera privilegiado, não procurando vivenciar o amor, será expulso do Reino; ao passo que os últimos serão acolhidos pelo Senhor. O ministério de Jesus desenvolvera-se na Galiléia e em territórios gentios vizinhos. Agora, com seus discípulos, está a caminho de Jerusalém, centro religioso e político do judaísmo, decidido a fazer aí seu anúncio libertador e vivificante. Ele escolheu a festa da Páscoa judaica, ocasião em que se reúnem enormes multidões de peregrinos na cidade e no Templo. A caminho, continua seu ensino aos discípulos, os quais, com sua formação tradicional, tinham grande dificuldade de compreender a sua Boa-Nova humilde e libertadora. Alguém pergunta a Jesus se são poucos os que se salvam. Esta era uma questão em debate nos meios rabínicos, onde prevalecia a compreensão de que todo o povo de Israel, como filhos de Abraão, se salvaria, enquanto as nações gentias seriam destruídas e condenadas. Foi contra esta visão elitista que se levantou João Batista, quando disse aos fariseus e saduceus que eles não se sentissem seguros em proclamar que tinham Abraão por pai. O que importa para Deus são os frutos de justiça e de amor, que conduzem à comunhão de vida universal, sem barreiras ou exclusivismos. Jesus adverte sobre as dificuldades para entrar no Reino. Estas dificuldades decorrem da resistência à conversão daqueles que estavam apegados à tradição da Lei, com sua tradição racial e com o anseio de poder e riquezas. Israel, rejeitando a conversão, ficará de fora, enquanto seus patriarcas e profetas estarão, junto com os demais povos, à mesa do Reino.

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