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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quarta-Feira da 4ª. Semana do Advento - Ano B – Dia: 21/12/2011 - Cor: Roxo


São Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja

Primeira Leitura: Eis o meu amado que vem saltando pelos montes
Leitura do Livro do Cântico dos Cânticos 2,8-14: 8 É a voz do meu amado! Eis que ele vem saltando pelos montes, pulando sobre as colinas. 9 O meu amado parece uma gazela, ou um cervo ainda novo. Eis que ele está de pé atrás de nossa parede, espiando pelas janelas, observando através das grades. 10 O meu amado me fala dizendo: “Levanta-te, minha amada, minha rola, formosa minha, e vem! 11 O inverno já passou, as chuvas pararam e já se foram. 12 No campo aparecem as flores, chegou o tempo das canções, a rola já faz ouvir seu canto em nossa terra. 13 Da figueira brotam os primeiros frutos, soltam perfume as vinhas em flor. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem! 14 Minha rola, que moras nas fendas da rocha, no esconderijo escarpado, mostra-me teu rosto, deixa-me ouvir tua voz! Pois a tua voz é tão doce, e gracioso o teu semblante”.   Palavra do Senhor!

Comentário: Eis o meu amado que vem saltando pelos montes
Após uma ausência sentida como inverno, o amado procura a amada, despertando como a primavera, toda a vida e beleza do amor. “Deus criou o mundo e o movimenta com o único fito de fazer santos.” No dia em que a terra cessasse de dar a Deus o que ele procura, estaria finda a sua história. O homem deve empenhar-se em abrir a alma e acolher com total atenção e amor o amor que Deus tem por cada um. Quando está assim preparado para ouvir a Deus, para dar-lhe o que ele busca, sente a sua voz: “Ergue-te...”, sacode o torpor do inverno, não fiques inerte. O convite aguarda uma resposta, um olhar terno e suave, como sinal de absoluta confiança. A voz do Amado não é de um estranho, com quem nada se tem em comum e que não suscita simpatia alguma; é a do meu melhor amigo, até mesmo do amor de minha alma. Para poder tomar a estrada a percorrer na vida, cumpre deixar falar o Senhor. Façamos silêncio, se queremos ouvir no íntimo a sua voz.

Salmo Responsorial - Sl 32(33),2-3.11-12.20-21 (R. 1a.3a)
R. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!
2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! 3 Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação!    (R)
11 Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. 12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!   (R)
20 No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! 21 Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.    (R)

Comentário: O projeto de Deus se realizará
Hino de louvor ao Deus que cria o universo e intervém na história, conduzindo o seu povo para a vida
O motivo fundamental do louvor é a palavra e ação de Deus, que realizam a verdade, a justiça e o amor. A palavra de Deus é eficaz, criando e organizando o universo. O exército de Deus são as estrelas no céu. O projeto de Deus é liberdade e vida para todos. Projeto que se realizará, derrotando os projetos de escravidão e morte, feitos pelas nações. É tolice querer enganar ou manipular Deus.Ele discerne profundamente cada um e sabe através de quem vai realizar seu projeto. A realização do projeto de Deus não depende do poderio militar, mas da presença do próprio Deus, que age dentro da luta pela liberdade e vida. Quando o povo coloca sua esperança em Deus. Esse lhe responde com todo o seu amor.

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Ó Emanuel, sois nosso Rei e Orientador: vinde salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!     (R)

Evangelho: Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha visitar-me?
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-45: 39 Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Com um grande grito exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre". 43 Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45 "Bem aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu". Palavra da Salvação!

Comentário: O perfil de Maria
Ainda no seio de sua mãe, João Batista recebe o Espírito prometido. Reconhece o Messias e o aponta através da exclamação de sua mãe Isabel. As palavras inspiradas de Isabel, ao se encontrar com sua prima Maria traçam o perfil de quem tinha sido destinada a ser a mãe do Salvador. Maria é a mulher bendita por excelência. Repousando sobre ela as bênçãos divinas, sua vida estava indissociavelmente ligada a Deus. Sem deixar de ser humilde serva, sua humanidade revestia-se de um brilho especial. Tornava-se um modelo não apenas de mulher, mas de ser humano. Maria trazia em seu ventre um fruto santo. A prole era um dos indicadores seguros da bênção divina. A humilde Virgem de Nazaré recebera, porém, uma bênção suplementar: a de ser a mãe do Messias. Tudo isto por estar disposta a ser totalmente fiel a Deus. Maria é mulher de fé. Aqui reside a sua verdadeira grandeza, pois a maternidade decorre desta sua virtude. E sua fé se desdobra em forma de confiança e entrega disponível nas mãos de Deus. Porque crê, assume o projeto divino, embora desconhecendo como irá realizar-se. Joga-se, inteiramente, nas mãos de Deus, certa de não ficar decepcionada. Maria é a mãe do Senhor de todos os povos. A exclamação de Isabel: "Como posso merecer que a mãe de meu Senhor venha me visitar?" revela as reais dimensões da maternidade de Maria. O Senhor de Isabel é o Senhor do povo de Israel e Senhor de todos quantos haveriam de crer. Este Senhor de toda a humanidade estava ali, no ventre de Maria. As narrativas de infância de Jesus deixam perceber a sua origem humilde, em uma casa pobre em Nazaré, longe de Jerusalém, capital religiosa da Judéia, e de qualquer outra grande cidade onde se concentram as elites privilegiadas. Por outro lado, no evangelho de Lucas, os paralelos feitos entre João Batista e Jesus, desde suas origens, são elaborados de maneira a destacar a primazia de Jesus em relação a João Batista. Na época em que Lucas escreve, o movimento dos discípulos de João Batista era expressivo e se mantinha à parte do movimento dos discípulos de Jesus. Com este destaque dado a Jesus, procurava-se trazer os discípulos de João para as comunidades cristãs. Na narrativa de hoje vemos o encontro de duas mulheres: Maria, esposa de um operário de Nazaré, na Galiléia, e Isabel, esposa de um sacerdote do Templo de Jerusalém. Contudo, o critério de status social é esvaziado. É a jovem mulher pobre da Galiléia que é bendita entre as mulheres, trazendo em seu ventre o Senhor, comunicador do Espírito Santo.

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