Na homilia desta sexta-feira, 04, o Papa falou sobre como o
cristão deve ser pacificador e reconciliador
O Papa iniciou suas atividades esta sexta-feira, 04,
celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Em sua homilia, o Pontífice
comentou as leituras do dia, em que São Paulo mostra a identidade de Jesus, o
próprio Deus, a quem o Pai enviou para reconciliar e pacificar a humanidade
depois do pecado.
Francisco lembrou que a paz é obra de Jesus, d’Ele que se
rebaixou para obedecer até a morte, e morte de cruz. O Papa reforçou que a
exemplo de Jesus, também se deve buscar a paz e a reconciliação nas pequenas
situações do dia a dia. “A nossa tarefa
em meio às notícias de guerras, de ódio, inclusive nas famílias, é ser homens e
mulheres de paz, homens e mulheres de reconciliação”.
O Papa também levou os fiéis a refletir que os cristãos são
chamados a pacificar: “Eu semeio paz? Por
exemplo, com a minha língua, semeio paz ou semeio intriga? Quantas vezes
ouvimos dizer de uma pessoa: ‘Mas tem uma língua de serpente!’, porque sempre
faz o que a serpente fez com Adão e Eva, destruiu a paz. E isto é um mal, esta
é uma doença na nossa Igreja: semear a divisão, semear o ódio, não semear a
paz. Mas esta é uma pergunta que nos fará bem fazê-la todos os dias: ‘Hoje eu
semeei paz ou semeei intriga?’.”
Francisco ainda completou: “Se uma pessoa, durante a sua vida, não faz outra coisa senão
reconciliar e pacificar, ela pode ser canonizada: aquela pessoa é santa! Mas
devemos crescer nisto, devemos nos converter: jamais dizer uma palavra que seja
para dividir; jamais uma palavra que provoque guerra, pequenas guerras; jamais
mexericos. Eu penso: o que são as fofocas? É nada? (…) Não! Fofocar é
terrorismo, porque quem fofoca é como um terrorista que joga a bomba e vai
embora, destrói: destrói com a língua, não promove a paz. Mas é esperto, pois
não é um terrorista suicida, ele se protege bem”.
O Papa Francisco, então, fez uma exortação: “Todas as vezes que me vier à boca a vontade
de semear discórdia e divisão e falar mal do outro… devo morder a língua!”
E então, o Pontífice fez uma oração final: “Senhor, tu que deste a tua vida, dá-me a
graça de pacificar, de reconciliar. Tu derramastes o teu sangue, mas que eu não
me importe de a minha língua inchar um pouco se mordê-la antes de falar mal dos
outros”.
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