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sexta-feira, 29 de junho de 2012

São Pedro e São Paulo, apóstolos


13º DTC - Ano B - Dia 01/07/2012 - Cor: Vermelho

Primeira Leitura: Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes
Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos 12, 1-11: Naqueles dias, 1 o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. 2 Mandou matar a espada Tiago, irmão de João. 3 E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos pães ázimos. 4 Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da páscoa. 5 Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6 Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7 Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: "Levanta-te depressa!" As correntes caíram-lhe das mãos. 8 O anjo continuou: "Coloca o cinto e calça tuas sandálias!" Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: "Põe tua capa e vem comigo!" 9 Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10 Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. 11 Então Pedro caiu em si e disse: "Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!" Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: Deus é solidário com seus fiéis
O episódio apresenta o ápice e final da missão de Pedro no livro dos Atos. Marca também o fim da primeira etapa da história da Igreja centralizada em Jerusalém e no mundo judaico. A intenção de Herodes é matar Pedro, como fez com Tiago. O relato lembra de perto a morte e ressurreição de Jesus.

Salmo Responsorial - Sl 33(34), 2-3. 4-5.6-7. 8-9    (R. 5b)
R. De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. 3 Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! (R)
4 Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! 5 Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. (R)
6 Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! 7 Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. (R)
8 O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. 9 Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (R)

Comentário: Deus se alia aos pobres
Oração de agradecimento
O agradecimento é feito no meio da comunidade dos pobres. O salmista é um pobre que em meio a uma situação difícil, fez a experiência da solidariedade de Deus e foi liberto. Este salmo é um convite para a comunidade dos pobres se comprometer com o projeto de Deus, de onde brotou a justiça. Esta inverte a forma da sociedade e o rumo da história. É também uma grande catequese, centrada no temor de Deus. Trata-se de conhecer que Deus é Deus, e que o homem não é Deus. Em seguida, é preciso empenhar a própria vida na luta pela verdade e justiça, para que todos possam viver dignamente. Essa é a luta que constrói a paz. Nessa luta Deus toma o partido dos justos, ouvindo o seu clamor, libertando-os e protegendo-os. Por outro lado, Deus se posiciona contra os injustos, que são destruídos pelo próprio mal que produzem.

Segunda Leitura: Agora está reservada para mim a coroa da justiça
Leitura da Segunda Carta de São Paulo à Timóteo 4,6-8.17-18: Caríssimo, 6 quanto a mim, eu já estou para ser oferecido em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7 Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8 Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17 Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18 O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.  Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: Todos os que quiserem levar uma vida fervorosa em cristo Jesus serão perseguidos
Frente à certeza do martírio, Paulo se compara a um atleta que recebe o prêmio da vitória: ele sabe que sua vida foi inteiramente dedicada a propagar e sustentar a fé. Os últimos tempos de Paulo são tristes e solitários. Embora abandonado e traído pelos companheiros mais próximos, seu olhar continua firme no Senhor, para anunciar o Evangelho e finalmente participar plenamente do Reino. Lucas já estava com Paulo no tempo da primeira prisão (cf. Cl 4,14); talvez seja este Lucas o autor do 3º. Evangelho e do livro dos Atos dos Apóstolos, Marcos ou João Marcos foi companheiro circunstancial (cf. At 12,12) e teve uma divergência com Paulo (cf. At 15,37-39). Mas encontramos como companheiro fiel no tempo da perseguição (cf. Cl 4,10). Paulo teve que suportar muita coisa em que Timóteo foi seu co-participante; pôde este ver como Deus o “libertou” de tudo. Singular libertação , que não suprime o sofrimento, mas torna-o frutuoso para a salvação. O mesmo acontece com todos os verdadeiros cristãos, sabedores de que, enquanto caminham rumo à salvação, a ruína espera aqueles que obstinadamente e até o fim combatem neles o Cristo. A força dos cristãos na luta pela fé é a “palavra de Deus”, autenticamente conservada na Sagradas Escrituras. Estas se resumem numa só grande e viva palavra: “Jesus Cristo, Filho e Verbo de Deus feito homem”. Nele não só sabemos quando Deus nos estima e ama, mas ainda como devemos viver para também nós sermos filhos de Deus.

Aclamação ao Evangelho Mt 16,18
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la. (R)

Evangelho: Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-19: Naquele tempo, 13 Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" 14 EIes responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". 15 Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" 16 Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". 17 Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18 Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus".  Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: Para vocês, quem sou eu?
A pergunta de Jesus força os discípulos a fazer uma revisão de tudo o que ele realizou no meio do povo. Esse povo não entendeu quem é Jesus. Os discípulos, porém, que acompanham e vêem tudo o que Jesus tem feito, reconhecem agora, através de Pedro, que Jesus é o Messias. A ação messiânica de Jesus consiste em criar um mundo plenamente humano, onde tudo é de todos e repartido entre todos. Esse messianismo destrói a estrutura de uma sociedade injusta, onde há ricos à custa de pobres e poderosos à custa de fracos. Por isso, essa sociedade vai matar Jesus, antes que ele a destrua. Mas os discípulos imaginam um messias glorioso e triunfante. Pedro é estabelecido como o fundamento da comunidade que Jesus está organizando e que deverá continuar no futuro. Jesus concede a Pedro o exercício da autoridade sobre essa comunidade, autoridade de ensinar e de excluir ou introduzir os homens nela. Para que Pedro possa exercer tal função, a condição fundamental é ele admitir que Jesus não é messias triunfalista e nacionalista, mas o Messias que sofrerá e morrerá na mão das autoridades do seu tempo. Caso contrário, ele deixa de ser Pedro para ser Satanás. Pedro será verdadeiro chefe, se estiver convicto de que os princípios que regem a comunidade de Jesus são totalmente diferentes daqueles em que se baseiam as autoridades religiosas do seu tempo. O testemunho das palavras e dos gestos de Jesus faziam com que as pessoas fossem formando uma imagem dele. Há muitos séculos, o povo de Israel nutria a esperança da chegada do Messias de Deus. E o identificava de muitas maneiras. Várias imagens eram projetadas em Jesus, que acabava sendo confundido com elas. Quem havia conhecido o testemunho fulgurante de João Batista, pensava que Jesus fosse a reencarnação do Batista. Outros projetavam nele a figura de Elias cuja volta era esperada no fim dos tempos, em conformidade com a profecia de Malaquias. De acordo com outra tradição, ele seria uma espécie de reencarnação do profeta Jeremias que desaparecera no Egito, sem deixar traços, dando margem para especulações. As opiniões do povo interessavam a Jesus. Era preciso ajudá-lo a corrigir as imagens deturpadas sobre ele, para não virem a se decepcionar. Entretanto, o interesse do Mestre era principalmente saber que imagem os discípulos faziam dele e de sua missão. Daí a pergunta: "Para vocês, quem sou eu?". Quando recebessem a missão de apóstolos, teriam a obrigação de transmitir uma imagem verdadeira de Jesus. Seria desastroso se pregassem uma falsa imagem e levassem o povo a nutrir esperanças enganosas a respeito dele. Por conseguinte, em primeiro lugar, precisavam ter um conhecimento correto de Jesus, antes de torná-lo conhecido. Nesta narrativa, presente nos três evangelhos sinóticos, está em questão a identidade de Jesus. Dois títulos se confrontam: Filho do Homem e Cristo. Jesus, com freqüência, identifica-se como o "Filho do Homem". Por outro lado, os discípulos originários do judaísmo identificam Jesus como o "Cristo". O "Filho do Homem" é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus. "Cristo", que é sinônimo de messias ou ungido, é um título aplicado abundantemente a Davi, ou a um seu descendente, no Primeiro Testamento, estando associado à idéia de um chefe poderoso e dominador. Em seguida à "profissão de fé" de Pedro, vem o anúncio da Paixão, no qual Jesus se revela frágil e vulnerável à violência dos opressores, descartando qualquer disputa de poder. E, ainda ligado ao mesmo tema, seguem-se as condições para seguir Jesus: renunciar aos projetos de glória deste mundo, consagrando sua vida ao serviço dos oprimidos e excluídos em uma comunhão de amor que é a comunhão com Jesus e o Pai.

APROFUNDANDO NA PALAVRA: São Pedro e São Paulo, apóstolos
A celebração de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro no Vaticano, outra em São Paulo fora dos muros, a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os corpos dos dois apóstolos.
São Pedro: Simão era pescador de Betsaida (Lc 5,3; JO 1,44), que mais tarde se estabelecera em Cafarnaum (Mc 1,21.29). Seu irmão André o introduz entre os que seguem Jesus (Jo 1,42): mas Simão havia sido certamente preparado para este encontro por João Batista. O Cristo lhe muda o nome e o chama "Pedra" (Mt 16,17-19; JO 21,15-17), para realizar em sua pessoa o tema da pedra fundamental. Simão Pedro é uma das primeiras testemunhas que vê o sepulcro vazio (Jo 20,6) e merece uma especial aparição de Jesus ressuscitado (Lc 24,34).
Depois da ascensão, ele toma a direção da comunidade cristã (At 1,15; 15,7), enuncia o esquema da Boa-nova (At 2,1441), e é o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja aos pagãos (At 10-11). Essa missão espiritual não o livra da condição humana nem das deficiências do temperamento (Mt 10,41; 14,29.66-72; Jo 13,6; 18,10; Mt 14,29-31). Paulo não hesita em contradizê-lo na discussão de Antioquia (At 15; Gl 2, 11-14), para convidá-lo a libertar-se das praticas judaicas. Parece, de fato, que neste ponto Pedro tenha tardado a abrir-se e tendesse a considerar os cristãos de origem pagã como uma comunidade inferior a dos cristãos de origem judaica (At 6,1-2). Quando Pedro vai a Roma torna-se o apóstolo de todos. Cumpre, então, plenamente, sua missão de "pedra angular", reunindo num só "edifício" os judeus e os pagãos e ratifica esta missão com seu sangue.
São Paulo: Depois de sua conversão na estrada de Damasco, Paulo percorre, em quatro ou cinco viagens, o Mediterrâneo. Faz a primeira viagem em companhia de Barnabé (At 13-14); partem de Antioquia, param na ilha de Chipre e depois percorrem a atual Turquia. Após o concílio dos apóstolos em Jerusalém, Paulo inicia uma segunda viagem, desta vez expressamente como "convidado" dos "Doze" (At 15,36-18,22). Atravessa novamente a Turquia, evangeliza a Frigia e a Galácia, onde adoece (Gl 4,13). Passa à Europa com Lucas e funda a comunidade de Filipos (Grécia setentrional). Depois de um período de prisão, evangeliza a Grécia; em Atenas sua missão encontra nos Filósofos um obstáculo; em Corinto funda a comunidade que lhe dá mais trabalho. Em seguida volta a Antioquia. Uma terceira viagem (At 18,23-21,17) o leva às Igrejas fundadas na atual Turquia, especialmente a Éfeso, depois à Grécia e a Corinto. De passagem em Mileto, anuncia aos anciãos sua próxima provação. De fato, pouco depois de sua volta a Jerusalém é preso pelos judeus e posto no cárcere (At 21). Sendo cidadão romano, Paulo apela para Roma.
Empreende assim uma quarta viagem, esta a Roma, mas não mais em estado de liberdade (At 21-26). Chega a Roma pelo ano 60 ou 61; é mantido na prisão até cerca do ano 63; no entanto, aproveitando de algumas facilidades que lhe são proporcionadas, entra em frequente contato com os cristãos da cidade e escreve as "cartas do cativeiro". Libertado no ano 63, faz, provavelmente, uma última viagem à Espanha (Rm 15,24-28) ou às comunidades dirigidas por Timóteo e Tito, às quais escreve cartas que deixam entrever seu fim próximo. De novo preso e encarcerado, Paulo sofre o martírio cerca do ano 67.
Pedro e Paulo: dois nomes que ao longo dos séculos personificaram a Igreja inteira em sua ininterrupta Tradição. Aos dois primeiros mestres da fé chegou-se mesmo a "confessar" os pecados no Confiteor, reconhecendo neles a Igreja histórica. Para os orientais também, os dois "irmãos" significam todo o colégio apostólico, como pedras fundamentais da fé. Ainda hoje o Papa invoca a autoridade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo quando, em seus atos oficiais, quer referir a Tradição à sua fonte: a palavra de Deus. Só pela escuta desta palavra no Espírito, pode a Igreja se "tornar perfeita no amor em união como Papa, os bispos e toda a ordem sacerdotal".

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Reflexão do dia 21-06-2012


Como rezar
Jesus ensinou aos discípulos como rezar de maneira conveniente. E mostrou ser inútil querer convencer a Deus com um dilúvio de palavras e argumentações, no intuito de fazê-lo atender os pedidos a ele dirigidos. Este expediente esconde uma falsa concepção de Deus, reduzido ao tamanho dos seres humanos. A esses, sim, é possível convencer à custa de palavras. A Deus, não! O discípulo do Reino não pode cultivar esta imagem pagã da divindade. Ela não corresponde ao Pai de Jesus.
O discípulo foi ensinado a rezar, referindo ao Pai somente o essencial. Sua oração centra-se em torno do Reino. O discípulo pede que o senhorio do Pai se concretize na história humana em três níveis: o nome do Pai sendo santificado por todos, de forma a abolir toda espécie de idolatria; seu Reino e sua vontade permeando todas as relações humanas, ou seja, sua Lei se constituindo em princípio norteador de tudo. Além disso, o discípulo implora ao Pai para fazer o Reino acontecer na sua vida quotidiana. Como? Não faltando a ninguém o alimento necessário para a sobrevivência. Estabelecendo-se um clima de perdão e reconciliação entre todos, de modo a formarem uma verdadeira família. E não se deixando levar pelas solicitações do mal, ou seja, não perdendo de vista que só o Pai e seu Reino devem polarizar suas vidas. Não é preciso pedir mais.

A eficácia da oração não é determinada pela quantidade de palavras nela presentes, pelo seu volume ou pela sua visibilidade, mas antes de tudo pela capacidade de estabelecer um relacionamento sério, profundo e filial com Deus. Quem fala muito, grita e fica repetindo palavras é pagão, que não é capaz de reconhecer a proximidade de Deus e ter uma intimidade de vida com ele. A oração também deve ter um vínculo muito profundo com o próprio desejo de conversão e de busca de vida nova, de modo que ela não seja discursiva, mas existencial e o falar com Deus signifique estabelecer um compromisso de vida com ele e para ele.

Mateus 6,7-15

Reflexão do dia 20-06-2012


OBRAS DE PIEDADE 
A religião judaica dava grande importância à esmola, à oração e ao jejum como práticas de piedade, embora não fossem expressamente prescritas pela Lei. 
Os discípulos de Jesus, enquanto herdeiros da tradição judaica, tinham consciência do valor destas práticas como forma de expressar uma relação profunda com o próximo (esmola), com Deus (oração) e consigo mesmo (jejum). O cuidado de Jesus visava orientá-los sobre a maneira correta de praticá-las. A preocupação do Mestre ia além dessas três práticas tradicionais de piedade. Ele queria ensinar os seus discípulos como ser piedoso. 
Existe uma maneira de ser piedoso com a preocupação de ser visto e louvado pelos outros. Era a preocupação própria dos hipócritas e exibidos. Mas existe também, outro modo de ser piedoso, que consiste em colocar-se em profunda comunhão com o Pai, que vê as coisas ocultas, e reconhece a sinceridade de coração de quem pretende ser-lhe agradável. 
"Agir em segredo" não é o mesmo que fazer "ações secretas". Mesmo quando age em público, o coração do discípulo está centrado no Pai, e só ele procura agradar. Eventuais recompensas humanas são irrelevantes para ele, comparadas com as que o Pai lhe reserva. 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Grupo de Jovens

Olá queridos jovens de Alto Paraíso!
A Paz de Jesus esteja sempre com todos vocês!
Em nome do grupo de jovens, venho convidar a todos os jovens de Alto Paraíso para participar, no próximo domingo, do grupo de jovens que acontecerá no Salão Paroquial.
Venha participar conosco, vamos evangelizar, com uma força jovem.
Venha se alegrar conosco, exalta a Deus com a nossa voz e com os nossos cantos.
O Eros Biondini tem uma música que chama: "Fogo do Espírito"
Eis o que diz a letra:


Já se levanta o povo escolhido uma geração nova de homens restaurados que vão incendiar os corações.
Já se escuta o grito de guerra o clamor do Espírito sobre face da Terra e os corações vão se incendiar.
Nós vamos incendiar, incendiar Com o fogo do Espírito esse lugar (bis)

Somos um povo de Jovens escolhidos por Deus para incendiar, com o fogo do Espírito, a Cidade de Alto Paraíso.
Venha ser jovem diferente!

Reflexão para o 11º DTC - B - 17-06-2012


A Semente
A Liturgia desse domingo nos oferece a oportunidade de refletir sobre a Vida e a Ação da Igreja de hoje. As reações e atitudes são as mais diversas…
- Uns tradicionais, preocupados com as mudanças, desabafam: "A Igreja não é mais aquela… Se a Igreja não fizer alguma coisa logo, vai perder seus adeptos… "
- Outros, que se dizem progressistas, lutam impacientes com todos os meios, até violentos, para introduzir transformações mais eficientes…
A Palavra de Deus de hoje afirma que o Reino de Deus não é obra dos homens, é obra de Deus e que a Comunidade Cristã deve ter confiança total na ação de Deus.
A árvore nasce de um pequeno REBENTO.
A 1ª Leitura lembra que a árvore nasce de um pequeno REBENTO. (Ez 17,22-24). O Povo vivia no exílio e na escravidão, sem perspectivas de libertação. O profeta Ezequiel Deus transmite uma mensagem de ESPERANÇA: Deus não se esqueceu do seu povo. Ele irá até a Babilônia, tomará um ramo da dinastia de Davi e o plantará no alto de uma montanha da terra de Israel. O pequeno rebento crescerá e se tornará um cedro magnífico, no qual os passarinhos farão seus ninhos.
- Jesus será o rebento do majestoso cedro que Deus plantou na Terra. As aves, que vêm pousar em seus ramos, representam todos os povos do mundo, convidados a encontrar sua morada nas suas ramagens.
Na 2ª Leitura, Paulo, no final de sua vida, cansado pelos anos e pelas provações, deseja repousar para sempre com Deus e com Cristo. Mas está disposto a continuar na luta com todas as suas forças, enquanto Deus quiser. (2Cor 5,6-10)
No Evangelho Jesus compara o Reino de Deus a uma SEMENTE. (Mc 4,26-34).
- Jesus iniciara com sucesso sua atividade missionária. Todavia o primeiro entusiasmo foi cedendo espaço ao desânimo dos discípulos e às hostilidades dos adversários. Qual seria o futuro da missão de Jesus?
- O texto reflete também a situação vivida pelas primeiras comunidades cristãs. Após o entusiasmo inicial, sentem-se dominados pelo desânimo, pelas dúvidas, pelas crises e pelo abandono da fé.
Marcos usa DUAS PARÁBOLAS de Jesus para superar essas crises da comunidade: A Semente e o Grão de Mostarda. Elas revelam a natureza e a dinâmica do Reino, que está acontecendo na vida de Jesus e continua se realizando na comunidade da Igreja.
Os frutos não dependem de quem a semeou,
mas da força da semente.
1. A Parábola da Semente fixa o ritmo de crescimento do Reino de Deus: o processo é lento. O colono semeia e aguarda com paciência. A semente vai germinando e crescendo lentamente, mesmo sem a participação do lavrador.
* A força vital de Deus age, garantindo o sucesso da colheita, da Missão. Os frutos não dependem de quem a semeou, mas da força da semente. O crescimento do Reino depende da ação gratuita de Deus.
2. O Grão de Mostarda destaca o grandioso resultado da ação de Deus. A proposta do Reino, uma semente pequena e insignificante no começo, torna-se proposta universal, aberta a todas as nações e povos, que vão aderindo ao projeto de Deus, semeado por Jesus. Assim o Reino de Deus é uma árvore frondosa, ampla e acolhedora.
+ O que dizem essas Parábolas para nós, hoje?
- Certas pessoas andam preocupadas porque os grupos são pequenos. As comunidades conscientes e comprometidas são cada vez mais raras, as equipes reduzidas, as pastorais caminhando com pouca gente. Elas têm como referência uma religião de sucesso, com estádios cheios, celebrações pomposas...
- Certos pais e educadores gostariam que a semente da Palavra produzisse logo os frutos da sua eficiência. E não enxergam o resultado... E angustiados se perguntam: "Vale a pena continuar semeando?" Nas parábolas, Jesus dá uma resposta, que nos restitui a alegria e o otimismo.
+ Após ter semeado, o que nos resta fazer? Ser paciente e perseverar… SEMEAR E SABER ESPERAR… confiando plenamente que o que foi feito, não foi em vão. Depois de anunciada, a Palavra penetra nas mentes e nos corações, e quem já a escutou nunca mais consegue permanecer o mesmo. O tempo da colheita virá, mas só Deus sabe o dia e a hora. Ninguém pode apressar o Reino de Deus.
+ Qual é a nossa atitude diante do agricultor, que SEMEIA com generosidade e sabe ESPERAR com paciência?
- Temos FÉ na força íntima da semente, mesmo quando não vemos os frutos?
- Estamos convencidos de que o Reino de Deus é mais obra de DEUS, do que fruto do trabalho humano? O Reino de Deus é uma pequena semente. Somos convidados a continuar semeando com fé e confiança.  - Vale a pena semear!... Só assim poderemos colher!...
Canto: Põe semente na terra, não será em vão, não te preocupe a colheita, plantas para o irmão.