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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Nono Mandamento: Guardar a castidade nos pensamentos e nos desejos


Não cobiçaras a casa de teu próximo, não desejarás sua mulher, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo (Ex 20,17). Todo aquele que olha para uma mulher com o desejo libidinoso à cometeu adultério com ela em seu coração (Mt 5,28).
O Nono Mandamento exige vencer a concupiscência carnal nos pensamentos e nos desejos. A luta contra a concupiscência passa pela purificação do coração e pela prática da virtude da temperança. São João distingue três espécies de cobiça ou concupiscência: a da carne, a dos olhos e a soberba da vida.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina, no número 2514, que concupiscência significa qualquer forma veemente de desejo humano. São Paulo a identifica com a revolta que a “carne” provoca contra o “espírito” (cf. Gl 5,16.17.24). O Nono Mandamento não se dirige contra o desejo em si, mas contra os desejos desordenados. Portanto, este proíbe cultivar pensamentos e desejos relativos às ações proibidas pelo Sexto Mandamento – Não cometer o adultério.
A atração erótica entre um homem e uma mulher foi criada por Deus e é, consequentemente, boa, pertence ao ser humano. Ela procura unir o homem e a mulher, fazendo nascer deles a descendência do seu amor. Esta união deve ser protegida pelo Nono Mandamento. Jogando com o fogo, isto é, lidando negligentemente com a crepitação erótica entre o homem e a mulher, podem ser colocados em risco o casamento e a família, afirma o Catecismo Jovem – Youcat (462).
A pureza de coração é o objetivo deste mandamento; para conquistá-la é necessário que o batizado conte com a graça de Deus e lute contra os desejos desordenados, chegando à pureza do coração mediante a virtude e o dom da castidade, tendo a pureza de intenção e do olhar exterior e interior, procurando tudo isso por intermédio da disciplina dos sentidos e da imaginação e pela oração.
A pureza exige o pudor, que, ao preservar a intimidade da pessoa, exprime a delicadeza da castidade e orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e da sua comunhão. Ela liberta do erotismo difuso e afasta de tudo aquilo que favorece a curiosidade mórbida. Requer uma purificação do ambiente social, mediante uma luta constante contra a permissividade dos costumes, que assenta numa concepção errônea da liberdade humana.
O pudor protege o espaço íntimo da pessoa, isto é, o seu mistério, o que tem de mais próprio e interior: a sua dignidade. Acima de tudo, defende a sua capacidade para o amor e a entrega erótica. Ele remete ao que deve ser amor.
Muitos cristãos vivem num ambiente em que o sentimento do pudor é desaprendido. Mas a impudência não é humana. Os animais não conhecem sentimentos de pudor, pelo contrário, no ser humano, é um distintivo essencial. O pudor não esconde uma coisa sem valor, mas protege algo valioso, isto é, a dignidade da pessoa na sua capacidade para amar.
O sentimento de pudor encontra-se em todas as culturas, ainda que sob diferentes formas. Não tem nada a ver com beatice ou educação frustrada. O ser humano também tem vergonha dos seus pecados e de outras coisas cuja divulgação o rebaixariam. Quem, mediante palavras, olhar, gestos e atos, fere o sentimento de pudor natural de outra pessoa rouba-lhe a dignidade, segundo o Catecismo Jovem – Youcat (464). 
Portanto, fazei morrer o que em vós é terreno: imoralidade, impureza, paixões, maus desejos e avareza, que é uma idolatria (Cl 3,5). Esta é a ordem de Deus expressa nesse mandamento, o Senhor deseja que o homem viva uma vida casta e pura, valorizando-se e respeitando o outro, por meio da castidade em atos, pensamentos e palavras, pois, quando nos dedicamos ao Altíssimo com o intuito puro, Ele transforma o nosso coração, dá-nos a força necessária para correspondermos à Sua vontade e para nos afastarmos de pensamentos e desejos impuros.
Redação Portal
31/05/2012 - 08h00

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Coroação de Nossa Padroeira e Grupo de Jovens de Alto Paraíso

Coroação da Padroeia - Nossa Sra. de Fátima
Neste último domingo, 27, domingo de Pentecostes, Festa do Espírito Santo, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima encerrou o tempo Pascal e a semana de oração pela unidade dos cristãos coroando Maria com o título de Nossa Senhora de Fátima, sem deixar de lado a festa principal do dia que é a festa do Espírito Santo (Pentecostes).
Na homilia o padre explicou o que é esta festa do Espírito Santo, que apesar de ser vários dons e ministérios, o Espírito é um só, não existe dois Espírito Santo. Usou como exemplo a mão, que apesar dos dedos da mão serem totalmente diferentes, a mão não seria mão sem eles, você não consegue comer somente com um dedo, mas todos juntos leva a comida até a sua boca. Assim é os dons do Espírito Santo, mesmo sendo um só, ele age em todos nós , concedendo dons diversos a cada um. 
O padre perguntou se todos que estavam na celebração sabia cantar ou tocar um instrumento musical, nem todos sabe cantar, isso é a universalidade na diversidade. no final da celebração, um grupo de crianças, fizeram uma coreografia à Nossa Senhora de Fátima e juntamente com um grupo de anjinhos coroaram a imagem de Nossa Padroeira, a qual o povo aclamou com uma calorosa salva de palmas.

Grupo de Jovens de Alto Paraíso-Pr
À noite no Salão Paroquial de Alto Paraíso, aconteceu o encontro com o Grupo de Jovens, que apesar do tempo meio chuvoso, com muitos relâmpagos, estiveram presente vários jovens.
Juntos louvamos a Deus com cantos, danças, e depois tivemos duas dinâmica, e infelizmente a chuva não deixou que realizássemos mais atividades, caiu uma chuva daquelas.
No próximo domingo, 03 de Junho, às 19h30, novamente estaremos reunidos e convidamos você Jovens de Alto Paraíso, para vim louvar a Deus junto conosco.

Texto e foto: Pe. Odair  

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Domingo de Pentecostes - Ano B - Dia 27/05/2012 - Cor: Vermelho


Primeira Leitura: Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
Leitura dos Atos dos Apóstolos 2,1-11: 1 Quando chegou o dia de pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2 De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3 Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5 Moravam em Jerusalém judeus devotos de todas as nações do mundo. 6 Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7 Cheios de espanto e de admiração, diziam: "Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8 Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9 Nós que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10 da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia, próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11 judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus na nossa própria língua!"  Palavra do Senhor! - Graças a Deus!

Comentário: Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
O relato é simbólico. De fato, quando o autor escreveu, as comunidades cristãs já se haviam espalhado por todas as regiões aqui mencionadas. Lucas quer mostrar o que está na base de qualquer comunidade cristã: o Espírito Santo faz lembrar, compreender e continuar o testemunho de Jesus (cf. Jo 14,26; 16,12-15). Pentecostes, celebrado cinqüenta dias depois da Páscoa, comemorava a Aliança e o dom da Lei. No novo Pentecostes, Deus entrega o seu Espírito, realizando a nova Aliança, dessa vez com toda a humanidade (doze nações). A “língua” da comunidade da nova Aliança é o testemunho de Jesus, ou seja, o Evangelho, cujo centro é o amor de Deus que reúne os homens, provocando relação e entendimento (o contrário de Babel: cf. Gn 11,1-9). Mas o testemunho provoca conflitos (versículo 13).

Salmo Responsoria - Sl 103(104),1ab.24ac.29.bc-30.31.34    (R. cf. 30)
R. Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1a Bendize, ó minha alma, ao Senhor! b Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! 24a Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! c Encheu-se a terra com as vossas criaturas!    (R)
29b Se tirais o seu respiro, elas perecem c e voltam para o pó de onde vieram. 30 Enviais o vosso espírito e renascem e da terra toda a face renovais.   (R)
31 Que a glória do Senhor perdure sempre, e alegre-se o Senhor em suas obras! 34 Hoje seja-lhe agradável o meu canto, pois o Senhor é a minha grande alegria!    (R)

Comentário: Hino ao Senhor da vida
Hino de louvor, cantando a grandeza de Deus, testemunhada no ciclo da natureza. É uma cópia adaptada do hino egípcio ao deus sol
Este salmo celebra a grandeza de Deus envolvido pela imensidão do universo. Mostrando o ritmo harmônico da natureza, em que coexistem pacificamente plantas, animais e seres humanos. Dia e noite delimitam o espaço do homem e das feras. Os versículos 24-26 contemplam a multiplicidade, beleza e imensidão das criaturas. Enquanto os animais se alimentam diretamente da natureza, o homem precisa transformá-la através do trabalho. O mistério da vida é visto como o mistério da respiração: sopro de Deus que cria, vivifica e renova. Neste louvor, o homem reconhece o mistério da natureza, descobrindo nele o próprio mistério de Deus.

Segunda Leitura: Fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12,3b-7.12-13: Irmãos, 3b ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. 4 Há diversidade de dons; mas um mesmo é o Espírito. 5 Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6 Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. 7 A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12 Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13 De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.  Palavra do Senhor! - Graças à Deus!

Comentário: A Trindade gera a comunidade, e a comunidade é o Corpo de Cristo
A Trindade é a base sobre a qual a comunidade se constrói: nesta, toda ação provém do Pai, todo serviço provém de Jesus e todos os dons (=carismas) provém do Espírito. Cada pessoa na comunidade recebe um dom, ou melhor, é um dom para o bem de todos. Por isso, cada um, sendo o que é e fazendo o que pode, age para o bem da comunidade, colocando-se a serviço de todos como dom gratuito. Desse modo, cada um e todos se tornam testemunho e sacramento da ação, serviço e dom do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Paulo enumera apenas os carismas de direção e ensino. A lista não é completa, pois cada pessoa é um carisma para a comunidade toda. A imagem do corpo é usada para falar da unidade, diversidade e solidariedade que caracterizam a comunidade cristã. Essa é uma, porque forma o corpo de Cristo, dado que todos receberam o mesmo batismo e o mesmo Espírito, que produzem a comunhão e igualdade fundamental. Contudo, as pessoas são diferentes entre si; cada uma com sua originalidade contribui, de maneira indispensável, para a construção e crescimento de todos; portanto, não há lugar para complexos de superioridade ou inferioridade. O cimento da vida comunitária é a solidariedade, que faz todos voltar-se para cada um, principalmente para os mais fracos e necessitados, partilhando os sofrimentos e alegrias.

Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Vinde, Espírito Divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis, e acendei neles o amor, como fogo abrasador!    (R)

Evangelho: Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23: 19 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". 20 Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21 Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". 22 E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos".  Palavra da Salvação! - Glória a Vós, Senhor!

Comentário: A paz esteja com vocês
O medo impede o anúncio e o testemunho. Jesus liberta do medo, mostrando que o amor doado até à morte é sinal de vitória e alegria. Depois, convoca seus seguidores para a missão no meio do mundo, infunde neles o Espírito da vida nova e mostra-lhes o objetivo da missão: continuar a atividade dele, provocando o julgamento. De fato, a aceitação ou recusa do amor de Deus, trazido por Jesus, é o critério de discernimento que leva o homem a tomar consciência da sentença que cada um atrai para si próprio: sentença de libertação ou de condenação. João delimita bem o primeiro dia da ressurreição. A narrativa começa com a ida de Maria Madalena, "no primeiro dia da semana... de madrugada... quando ainda estava escuro...". Agora, "ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana", Jesus manifesta-se aos discípulos reunidos. É um dia completo, que começa com a insegurança do túmulo vazio e termina, em plenitude, com a presença de Jesus ressuscitado, com sua paz e o dom do Espírito Santo. Com este dia inaugura-se a plenitude dos tempos. Nesta narrativa de João, o dom do Espírito Santo se dá com o sopro de Jesus sobre os discípulos. A palavra "espírito" tem origem no Primeiro Testamento, com o significado do "sopro vital". É por esse "sopro vital" de Deus que surge a criação na narrativa de Gênesis. Nesse momento, Jesus comunica seu sopro vital, divino e santo, seu Espírito, aos discípulos. Lucas não o menciona na passagem paralela a esta, em seu evangelho. Ele opta por dar, em Atos dos Apóstolos, um grande destaque a tal comunicação do Espírito Santo, com uma impressiva narrativa, como acontecimento que ocorre na festa judaica de Pentecostes (primeira leitura). E é este Espírito que anima as novas comunidades em sua pluralidade de dons, porém formando um só corpo no seguimento e união com Jesus (segunda leitura). A ressurreição, com as aparições sucessivas, é confirmação de uma realidade que a antecede. É a comprovação da condição humana e divina de Jesus de Nazaré. Toda sua vida foi dom de amor a todos que conviveram com ele, em particular os discípulos ao longo dos três anos de seu ministério. Agora, os discípulos o percebem claramente. Jesus de Nazaré, filho de Maria, filho de Deus, é portador e comunicador da vida divina e eterna. Em continuidade, Jesus envia os discípulos. É o envio universal em missão. Os discípulos são enviados assim como Jesus o foi pelo Pai. A missão de Jesus foi comunicar o amor do Pai ao mundo. A seguir, soprando sobre os discípulos, Jesus lhes comunica o Espírito Santo, o qual, além de ser o portador da Paz, conduzirá os discípulos na missão de divulgar ao mundo o amor vivificante de Deus. Assim como Jesus não veio ao mundo para condená-lo, não cabe à comunidade a condenação. É à palavra anunciada que cabe o julgamento. Porém, à missão cabe o anúncio da prática da justiça, a qual tira o pecado do mundo e instaura o amor.

APROFUNDANDO NA PALAVRA: A Igreja vive no Espírito de Cristo
A solenidade de Pentecostes celebra um acontecimento capital para a Igreja: a sua apresentação ao mundo, o nascimento oficial com o batismo no Espírito. Complemento da Páscoa, a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na atividade dos discípulos; início da expansão da Igreja e princípio da sua fecundidade, ela se renova misteriosamente hoje para nós, como em toda assembléia eucarística e sacramental, e, de múltiplas formas, na vida das pessoas e dos grupos até o fim dos tempos. A "plenitude" do Espírito é a característica dos tempos messiânicos, preparados pela secreta atividade do Espírito de Deus que "falou por meio dos profetas" e inspira em todos os tempos os atos de bondade, justiça e religiosidade dos homens, até que encontrem em Cristo seu sentido definitivo.
O Espírito da aliança universal e definitiva
Não se pode deixar de ligar o acontecimento do Sinai com o de Jerusalém; a assembléia das doze tribos corresponde à dos apóstolos, novo Israel; fogo e vento manifestam a presença do Deus vivo; é dada a lei da aliança, lei de liberdade que qualifica os filhos de Deus. A aliança, não mais limitada a um povo escolhido para dar a conhecer o verdadeiro Deus, é aberta a todos os povos e a todas as raças; não mais caracterizada por um sinal na carne (a circuncisão), ela é espiritual e se exprime pela fé e o batismo (também o de desejo); não mais renovada por homens mortais no decorrer da história, é ela fundada sobre Cristo "que permanece eternamente". E precisamente por ser espiritual e definitiva, sua encarnação atual na Igreja do nosso tempo com suas instituições e nas diversas igrejas esparsas por toda a terra, com suas peculiaridades, tem valor sacramental (isto é, traz verdadeiramente a salvação), mas também relativo e caduco. E preciso, pois, não considerar absoluto e definitivo algo que não seja o próprio Espírito, realidade profunda e inexaurível de tudo o que constitui a vida da Igreja no tempo: ações sacramentais, hierarquia, ministérios e carismas, templos e lugares. (Podem-se reler diversos textos do Concílio a propósito do pluralismo na Igreja, da tradução da mensagem cristã nas diversas culturas, da adaptação litúrgica, da variedade de expressão artística).
O Espírito da fidelidade e da coragem
O batismo no Espírito ilumina a comunidade dos amigos de Cristo sobre seu mistério de Messias, Senhor e Filho de Deus; faz com que compreendam sua ressurreição como a plenificação dos planos de salvação de Deus, não só para o povo de Israel, mas para todo o mundo; leva-os a anunciá-lo em todas as línguas e circunstâncias, sem temer perseguições nem morte. Como os apóstolos, os mártires e todos os cristãos, que ouviram profundamente a voz do Espírito de Cristo, tornam-se testemunhas do que viram, do que foi transmitido e que experimentaram em sua existência. No mundo de hoje toda a nossa comunidade é chamada a colaborar com o Espírito da nova vida para renovar o mundo: tanto na atividade cotidiana como nas vocações extraordinárias. E isto, sem perder a coragem, porque "o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza" (Rm 8,26), corrige e incentiva nosso esforço, faz convergir tudo para o bem comum, porque todo dom (todo carisma) vem dele, único Espírito do Pai e do Filho.
Toda a nossa vida de cristãos está, portanto, sob o sinal do Espírito que recebemos no batismo e na crisma, nosso Pentecostes; nela devemos amadurecer os "frutos do Espírito" (Gl 5,22): amor, paz, alegria, paciência, espírito de serviço, bondade, confiança nos outros, mansidão, auto-domínio...
O Espírito da novidade em Cristo
"Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos.
Mas no Espírito Santo o cosmos é enobrecido pela geração do Reino, o Cristo ressuscitado está presente, o evangelho se faz força do Reino, a Igreja realiza a comunhão trinitária, a autoridade se transforma em serviço, a liturgia é memorial e antecipação, a ação humana se deifica" (Atenágoras).

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Reflexão da liturgia do dia 16 de Maio de 2012


"O Espírito que atualiza o ANÚNCIO..."
Já imaginaram um site de notícias que só é atualizado de vez em quando ou nunca é atualizado? O segredo para se fazer sucesso é diariamente ter o site atualizado, o internauta entra uma vez, e ao perceber que as notícias são "velhas" nunca mais acessam. Algo parecido ocorre com a Palavra de Deus que Jesus nos trouxe, Ele é o Verbo Encarnado, como afirma São João, entretanto, Jesus de Nazaré viveu em um contexto histórico, religioso, político e social lá do Oriente Médio, diferente da Pós-modernidade de 2012, com o mundo globalizado.
Os problemas que enfrentou, os desafios que teve de encarar, foram diferentes dos que hoje os cristãos do mundo inteiro enfrentam e além do mais, o Cristianismo naqueles primeiros tempos estava fechado em uma religião, e trazia uma identidade da tradição de Israel. Há muitos cristãos sonhadores que hoje se perguntam "O que será que Jesus faria em meu lugar nos dias de hoje, que ensinamentos daria, que orientações faria aos discípulos, que atitudes iria tomar..."
O evangelho de hoje responde direitinho essa questão, se o Jesus Histórico não está em nosso meio, o seu Espírito Santo, enviado pelo Pai está presente em sua Igreja e na vida dos que crêem. Não se trata de um Espírito Mágico, monopólio de uma Religião ou Igreja, aprisionado em uma doutrina, e que de vez em quando faz revelações surpreendentes. Nem é preciso entrar em transe, para atingir o alfa como pensam alguns orientais.
A missão do Espírito é atualizar o Anúncio de Jesus com uma ação evangelizadora eficaz, que tenha força de tocar no coração das pessoas. Trata-se do mesmo Cristo, do mesmo evangelho, da mesma Verdade e da mesma Revelação, porém atualizada para os dias de hoje, pois nosso Deus não é igual aqueles Velhos Resmungões que fica choramingando pelos cantos, dizendo que no seu tempo as coisas eram melhores...
O Espírito renovador, santificador e restaurador, inspira os cristãos a como agir nos dias de hoje. Na comunidade apostólica o Espírito Santo recordou tudo o que Jesus ensinou, hoje ele nos recorda e vai mais longe: define uma autêntica prática cristã, para se fazer o anúncio e dar o testemunho, que é tão eficaz como o testemunho das primeiras comunidades. Porque muitas vezes imaginamos que o fervor cristão vai diminuindo com o passar do tempo, mas é o contrário, o Espírito Santo garante essa ebulição por todo o sempre. E assim, aos cristãos de cada tempo o Espírito se manifesta e atualiza a Santa Palavra anunciada, tornando-se sempre nova e restauradora, não permitindo que se torne uma Velharia do passado, mas algo muito atual, seja qual for o tempo em que se vive...

Espírito Santo guiará os discípulos em toda a verdade
Durante a última ceia, nas palavras de Jesus aos seus discípulos pode-se perceber como eles sempre tiveram dificuldades de compreendê-lo em seus propósitos e em seu anúncio. Os cerca de três anos de convívio durante o ministério de Jesus não chegou a remover-lhes as expectativas messiânicas tradicionais. A prática libertadora e vivificante de Jesus deixava-os perplexos. Mesmo depois da crucifixão de Jesus, os discípulos foram lentos em perceber a continuidade de sua presença entre eles. Jesus mencionou o envio do Espírito Santo, que guiará os discípulos em toda a verdade. É o Espírito que já estava presente em Jesus, mas que fica em destaque a partir da ocultação do Jesus visível e sensível. Há uma perfeita comunhão entre Jesus, o Pai e o Espírito, sendo o ensinamento deste a continuidade do ensinamento de Jesus. É o Espírito que ajudará os discípulos a compreenderem o projeto de Deus para mundo.
O Espírito Santo é revelador de toda a verdade, em todos os tempos, em todos os povos. É a revelação da presença de Jesus, hoje, entre os discípulos reunidos em comunidades que se empenham na construção do mundo novo, no qual é abolida a violência e vive-se a paz.

O ANÚNCIO DO ESPÍRITO
Neste seu discurso de revelação, na última ceia, Jesus destaca a ação iluminadora do Espírito Santo. Tanto o Evangelho de João como os sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, registram a dificuldade dos discípulos em entender toda a profundidade do anúncio de Jesus. Depois da sua crucifixão, foram lentos também em perceber a ressurreição e a continuidade da presença de Jesus entre eles. Será o Espírito da Verdade, enviado por Jesus e pelo Pai, que os ajudará a compreender toda a verdade. O Espírito anunciará o que é do Pai e do Filho. Os discípulos, confirmados por este anúncio, serão testemunhas de Jesus e o glorificarão. É o anúncio da Verdade que continua a ser revelada ao longo dos séculos, em todas as gerações. Erros históricos vão sendo revistos e as influências das ideologias do poder, sobre a fé, estão sendo esvaziadas. As mentiras dos poderosos deste mundo são denunciadas e as esperanças dos povos pela vida e pela paz, fortalecidas. Ao longo dos séculos, o Espírito ilumina e revigora os bem-aventurados, pobres, mansos, pacíficos, misericordiosos, espoliados, comprometidos, que lutam pela justiça na construção do Céu e terra louvem mundo novo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Resumo da Festa do dia das Mães

Neste domingo, 13, A Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Alto Paraíso realizou uma grandiosa festa em homenagem as mãos e também à Padroeira Nossa Senhora de Fátima.
Foi uma festa excelente, com uma boa participação do fiéis: 
Começamos com a celebração da Santa Missa às 09h00, Missa pelas mães e pela nossa Padroeira. Após a celebração, todos forma convidados para almoçar no Salão Paroquial. Durante o almoço houve sorteio de vários brindes para as mães que estavam presente no salão paroquial; teve leilão de três bolos. por volta das 14h00, iniciou-se a famosa canela esportiva. Às 17h30, iniciamos o festival de prêmios com o sorteio de pedras do terceiro prêmio; depois do 2º prêmio e por fim a do 1º prêmio. Ao todo foram quatro ganhadores. O 3º prêmio: 1 ganhador; O 2º prêmio: 2 ganhadores e o 3º prêmio: 1ganhador. Até este momento, ainda não me passaram os nomes dos ganhadores.
Agradeço imensamente a todos os que colaboraram para a nossa festa, principalmente as mães que nos ajudaram na cozinha, por ser o dia delas, elas deixaram as suas família para alegrar outras famílias que vieram almoçar na festa. Também não possa deixar de agradecer as pessoas do churrasco; os garçons; a equipe que enfeitou o salão, enfim, todos os que de alguma forma estiveram envolvidos com a festa.
Deixo aqui os meus agradecimentos ao presidente da Festa o sr. Edivaldo, que aceitou com muito carinho este compromisso de nos ajudar na organização de mais uma festa.
A todos os que estiveram presente, os que almoçaram aqui conosco, os meus mais sinceros agradecimentos, pois a sua colaboração foi muito importante para nós.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prece à Maria pelas Mães


Mãe de Jesus. Mãe da minha mãe e das mães de todo o mundo. Protege aquelas que ti se assemelham pela maternidade. Sustenta aquelas que em ti se espelham na hora da luta, Consola aquelas que a ti se unem pela dor.
Ensina às mães a paciência das longas esperas, Explica a elas os mistérios da vida gerada. Confidencia-lhes as alegrias que só as mães entendem, E as angústias que só elas sofrem.
Senta-te com elas à mesa de tua casa em Nazaré, E conversem sobre seus filhos. Falem de seus sonhos, de suas preocupações, Troquem ideias sobre a família, sobre educação, Rezem juntas, meditem a Palavra.
Consola as mães na hora da separação, Lembra-te do dia em que Jesus partiu para o mundo. Deixando-te muda de saudades.
E diga a todas as mães, Mãe de cristo Jesus, O amor e a gratidão de seus filhos. Que nem sempre sabem falar, Porque, afinal, são sempre crianças.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Homenagem a Padroeira

No próximo dia 13, dia de Nossa Senhora de Fátima, Padroeira de nossa Paróquia, realizaremos uma celebração em homenagem as Mães e pela nossa Padroeira, às 09h00. 
Logo após a celebração da Santa Missa será servido um almoço no Salão Paroquial, para todos as famílias. 
Durante o almoço terá sorteio de brindes para as mães presente no Salão Paroquial.
Haverá leilão de bolos; teremos a famosa canela esportiva, e por fim, o grande momento que todos esperam, o festival de prêmios, que se iniciara às 17h00. 
As cartelas custa apenas R$ 10,00. 
Os prêmios são: 1º. Uma Moto; 2º. Um Notebook e o 3º. Um Microondas. 
O festival de prêmios será computadorizado. 
Adquira a sua cartela com os nossos revendedores ou na Secretaria Paroquia com a Regiane, não perca este oportunidade de nos ajudar. 
Contamos com a vossa presença e a vossa colaboração.

Grupo de Jovens de Alto Paraíso

A cada domingo um grupo de Jovens se reúne no Salão Paroquial de alto Paraíso para louvar a Deus com cantos, orações e meditação. Neste domingo, 06, às 19h30 de uns 20 jovens estiveram presente no grupo de jovens, apesar de estar acontecendo na cidade um circo e também o torneio de laços.
O tema do encontro foi o Evangelho do dia: Jo 15, 1-8 (Parábola da Videira) Onde refletimos sobre a unidade e a poda que Deus realiza em cada um de nós. Após uma breve reflexão, feita pelo Padre Odair, o jovens se reuniram de dois em dois para refletir sobre o Evangelho, quais as poda que Deus realizou em suas vidas e quais os frutos que produziram a partir dessa poda?
Às 22h00, encerrou-se o encontro com a bênção conferida pelo Pároco Pe. Odair.
Nós estamos iniciando agora este grupo de Jovens, este é apenas o terceiro encontro que realizamos. Deixamos aqui o convite para todos os jovens de Alto Paraíso e também para todos os que desejam louvar  Deus junto conosco. Venha participar junto conosco desse louvar a Deus!